quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Komodo Dragon

A expectativa é grande: todos querem ver o Dragão da Ilha de Komodo. Dos 700 passageiros a bordo do navio 670 estão na excursão que promete ver o dragão e eu também quero vê-lo, mas primeiro temos que trabalhar na logística de desembarque dos passageiros. O navio ancora uns 10 minutos da Ilha Komodo e baixamos os botes para levar os passageiros ate o trapiche.
 
 


O dia está favorável a operação. O mar está calmo, céu azul e o navio chegou um pouco antes do horário previsto, 9:30 horas da manhã, o que facilitará a operação de desembarque e também evitará que os passageiros estejam no calor do meio-dia explorando a ilha.
A alta humidade da ilha é um empecilho para quem não está acostumado a estas condições climáticas. Este foi um dos motivos de oferecermos em vez de duas horas de tour, uma hora que é suficiente para fazer a trilha do parque para ver se o dragão se ele estive por perto, é claro!

Em duas horas desembarcamos todos os passageiros que queriam fazer o tour e nós do departamento de excursões acompanhamos o ultimo grupo. Estávamos todos bem ansiosos, de manhã a nossa gerente nos tinha informado por radio que tinha um Komodo Dragon na beira da praia. Porem ao chegarmos não vimos mais nenhum Komodo na praia. Então vamos para a trilha!





Ao caminhar pela trilha com o guia, o mesmo explicava sobre a vegetação local, a população que é de aproximadamente 2 mil pessoas, muitos dos quais são descendentes de prisioneiros que foram enviados a estas ilhas. Vivem do turismo, da venda de produtos artesanais, pesca e cuidam do parque.




A trilha está marcada por pequenas tabuletas que outras empresas de cruzeiros já deixaram delimitando a área por onde os passageiros podem circular. O mais importante para todos que visitam a ilha é não se afastar do grupo, não  tentar explorar por conta própria o parque.
Caminhamos uns 15 minutos e então avistamos os primeiros Komodos. Estavam descansando numa área que segundo o guia fica do lado de um riacho. Aqui eles vem beber agua, porem também é um local onde fazem vigília, pois outros animais também vem com o mesmo intuito de beber agua neste local e se tornam então presas do dragão.
 Como os animais não são velozes, nos arriscamos de ir um pouco mais perto, no entanto sempre sob a supervisão do guia e de mais um segurança do parque. As pessoas que tentam chegar um pouco perto demais são alertadas. Impressiona-me sempre o que as pessoas não fazem por uma foto!
Vimos 4 Komodos reunidos nestas área e até se moveram um pouco o que proporcionou além de belas fotos também um ideia melhor do tamanho do animal e de seu porte. Os dragões chegam a ter quase dois metros e a pesar em torno de 70 a 90 quilos. O rabo do Komodo tem o mesmo tamanho de seu corpo e é uma fortíssima arma para usa defesa e caça.


O Komodo Dragon realmente desperta a curiosidade do ser humano. Um animal gigante que vive, se não me engano, pela explicação do guia, em 3 ilhas da Indonésia e foram somente descobertos no século passado pelos holandeses. Vieram na verdade a ilha para desmistificar a lenda do dragão que existia neste lugar, que cuspia fogo. A lenda continua viva, visto que este lagarto gigante parece ter sobrevivido milhões de anos e continua intrigando a ciência, a arqueologia, o homem.


Além disso, o que também intriga a comunidade cientifica é a mordida do dragão. São tantas as bactérias que vivem na sua boca que o animal mordido morre não da mordida em si, se escapar do dragão, mas da infecção que a mesma causaár. Parece que tem uma membrana que cobre a gengiva e que se rompe com a mordida e causa sangramento e proliferação de bactérias. Intrigante mesmo já que não afeta o dragão.

O dragão pode engolir um animal como o veado que vive na ilha . Por consumir uma quantidade de alimento tao grande, não necessita se alimentar muitas vezes, porém como tem metabolismo lento, o dragão irá procurar se deitar no sol para assim ajudar o processo digestivo. No tour não alimentam os dragões, no passado era permitido, porém hoje esta pratica não está mais autorizada, pois tira  o instinto de o animal procurar o seu alimento.



Permanecemos ali junto dos dragões uns 10 minutos, observando os seus movimentos, tirando fotos, ouvindo as explicações dos guias e suas recomendações constantes para que todos mantivessem uma distancia segura dos animais.Seguimos a caminha e o guia nos chamou a atenção para um filhote que estava numa arvore. Parece que é o habitat dos filhotes para se protegerem de outros animais e da própria espécie, pois podem virar presas de um dragão adulto.



Continuamos a trilha, o calor estava imenso e não vimos mais outros dragões no percorrer. Chegando a praia, de volta praticamente ao inicio da trilha do parque, os nativos esperam pelos turistas com seu produtos artesanais: imas, esculturas de madeira, camisetas e até perolas. As crianças aprenderam a dizer um dólar e ficam te seguindo com a mão estendida repedindo: um dólar, um dólar. Algumas tentam pelo menos vender um imã por um dólar!
Bom, esta foi a aventura de hoje, até a próxima....