terça-feira, 16 de abril de 2013

Na terra da magia: Florianópolis

Viajo o ano inteiro de navio pelo mundo e quando chego de férias quero é mais ficar tranquila e curtir a família e os amigos. Hoje, no entanto, senti vontade de passar o dia redescobrindo o centro de Florianópolis e nada melhor do que faze-lo a pé, pois o centro com a última remodelagem é praticamente 100% pedestre. É tranquilo caminhar e redescobrir a história desta cidade que tem tantos encantos. Bom, como a cidade é  pedestre fui de ônibus, pois do contrário teria que carimbar primeiro um lugar para estacionar o carro e isso poderia levar algum tempo!


Minha caminhada começou pela rua Felipe Schmidt. A rua está bonita, bem cuidada, os prédios históricos renovados, e só a Igreja São Francisco em restauração. A Felipe Schimdt  tem um fluxo grande de pessoas, mas sempre tem espaço para aqueles que querem parar um pouco, como no tradicional Senadinho. Este Café faz parte da historia de Florianópolis, sempre foi ponto de encontro para discutir politica e até grande nomes da política de SC vinham ali e tomavam o seu cafezinho.


O Senadinho tem algumas mesinhas na calçada o que permite manter aquela tradição de bater aquele papo sobre atualidades e observar o povo passando. Além disso ao longo da rua tem algumas mesinhas com bancos para você parar um pouco e relaxar. O florianopolitano tem esta característica de levar a vida de forma mais tranquila e isso se reflete na estrutura da cidade. Se bem que isto tem mudado muito nas últimas duas décadas!


Ao final da Felipe Schmidt, a Praça XV com sua majestosa figueira. Árvore centenária que proporciona debaixo de sua sombra um momento para as pessoas fazerem sua siesta ou só interromperam o agito do dia. Ali sempre tem alguém sentado só observando o tempo passar. As vezes tem alguém pregando, tem uma feirinha e o pessoal da terceira idade aproveita o sossego no coração da cidade para jogar um domino nas mesinhas da praça! Pena que a praça é tão pequena, pois precisamos cada vez mais de espaços verdes nas cidades para poder quebrar um pouco a loucura da modernidade. Seguindo pela praça, se chega a Catedral que está belíssima.


 Ao lado se encontra o Museu Histórico que foi até algumas décadas atrás a casa do governador. Hoje abriga objetos e artefatos sobre a nossa história politica e cultural.


Apesar das temperaturas terem caído, durante o dia sobem bastante, chegou a 27 graus no centro, tempo de dar uma paradinha e tomar um refresco e nada melhor do que aproveitar uma das casas de produtos naturais para tomar um feito na hora. Hoje foi água de coco com frutas vermelhas - refrescante e uma delicia! A caminhada continua e vou até o Parque da Luz na cabeceira da ponte Hercílio Luz. O parque está bonito, equipado com área para as crianças brincarem, campo  para jogar uma bola ou simplesmente fazerem piquenique na grama. A vista da ponte é magnífica. O dia está mesmo exuberante: céu e mar azul, temperatura agradável e brisa fresquinha.


Olhando a ponte lembro que quando vim para Florianópolis a mais de duas décadas, tive a oportunidade de atravessá-la à pé, pois já estava fechada para o trânsito de veículos. Logo em seguida foi fechada para pedestres e desde então estamos pacientemente esperando pelos trabalhos de recuperação da ponte: cartão postal de nossa cidade, imagina se não fosse!

Sinto um pouco de cansaço depois de caminhar tanto, o plano agora é voltar ao centro. Vou pela rua Conselheiro Mafra, uma das ruas mais antigas com lindas construções de casas geminadas, bem restauradas. A rua é toda colorida, o estilo açoriano está bem presente.


 Chego ao Mercado Publico e não tenho como não visitar o Box 32 para tomar um Chopp e comer aquele pastel!

 Depois caminho ainda um pouco pelo mercado, vendo o setor da peixaria e da ferinha na frente da antiga Alfandega. Aqui se descobre que não faltam pombos na cidade!



Mas ali também tem um lugar bem típico, uma casinha rustica para comprar produtos locais como o cuscuz de mandioca.

Começa a entardecer, a temperatura está baixando: noites frias, dias quentes! E sinto que está na hora de ir para casa.