sexta-feira, 26 de março de 2010

Japão, Hiroshima.



Queridos amigos, estou de volta para contar como foi a minha visita ao Japão. Nós estivemos quatro dias visitando diferentes portos: Hiroshima, Osaka (Kyoto) e Kagoshima. A expectativa era grande de se chegar  a esse pais e conhecer um pouco deste povo, de sua cultura e de sua historia. Preparei-me um pouco lendo sobre a formação do Japão, dos períodos de isolamento e de abertura comercial e cultural que ocorreu em 1873. Veio então a era do grande desenvolvimento, da política expansionista e a segunda grande guerra mundial, na qual o Japão só se rendeu com a devastação causada pelas duas bombas atômicas em agosto de 1945. Porém o pai se reergueu e já em 1964 com as olimpíadas de Tóquio era símbolo de superação e desenvolvimento econômico.  Um povo que tem enraizado em sua cultura a filosofia  confucionista , a organização militar dos samurais e o budismo.

O primeiro porto de entrada de nossa aventura foi Hiroshima (23/03/10). O navio atraca bem pertinho da cidade, são só alguns minutos para a estação de trem e no píer eles tem informações turísticas e cambio.  O tempo nos recebeu com chuva e frio, estava uns 8 graus centígrados.  Na cidade de Hiroshima está sediada a companhia Madza que também fica próxima ao porto.  A cidade tem 1.5 milhoes de habitantes e é a décima primeira maior cidade do Japao. E é uma das cidades marcadas pela cicatriz deixada pela bomba atômica no final da segunda guerra mundial. Os pontos altos de visitação na cidade são: o museu comemorativo da paz de Hiroshima, o bouvelard da paz, o Atomic Bomb Dome (prédio que sobreviveu a explosão e que fica como um alerta, o Museu da Bomba Atômica e a praça da paz. 

No entanto não fiquei para ver os horrores da guerra, quis ver alem disso e foi para fora de Hiroshima, a cidade de Iwakuni a 40 km de Hiroshima. E o caminho para esta cidade é lindo, as árvores está entrando em florescência, se tivéssemos chegado uma semana mais tarde, o espetáculo da primavera estaria garantido.  As primeiras arvorem que entram em florescência são as de damasco, depois de pêssego, magnólia e então as de cereja.  Já tinha algumas florescendo e a paisagem é muito linda, eles têm muito cuidado com os jardins, são meticulosos na arte de podar as arvores, de compor a paisagem do jardim, são como quadros de pintura a serem contemplados.

Iwakuni é uma cidade pequena, mas com uma rica historia. A ponte que cruza o rio é uma das grandes atrações da cidade. A primeira foi construída em 1623, porem a enchente a levou. O engenheiro da ponte foi então conhecer uma na China, se não em engano é a do Watertown Zujishaw que tem arcos que se expandem e agüentam enchentes. Então em 1624 foi construída esta ponte toda em madeira, em arcos. Atravessamos a mesma sob muita chuva e fomos visitar do outro lado da ponte o parque com casas remanescentes dos Samurais. Somente vimos o exterior das mesmas, mas elas continuam muito imponentes e a guia pediu para observar caso viéssemos novamente o filme: O ultimo Samurai – os detalhes que aparecem sobre as casas dos samurais. 

Continuamos caminhando  ao longo do parque e chegamos a um Chinto Shrine.  Antes de se chegar a um Shrine, tem sempre um portão chamado de Tori Gate que pode estar na cor natural da madeira ou pintado de cor laranja. O Tori indica que estamos chegando a um lugar sagrado e ele faz a divisão do profano para o sagrado.  Em Shinto Shrines não se encontram retratos de santos ou de deuses, não há uma imagem a semelhança do homem, o que se encontra no portão de entrada são animais para proteger o local, como tigres, cães, macacos ou cobras.

A última grande aventura do dia antes de se chegar ao porto foi andar de trem bala. Para nós ainda é uma novidade, mas para os japonês não, é uma tecnologia que foi um dos marcos para as olimpíadas de 1964. O tem bala entrou nesta época já em operação e tinha então a velocidade de 210km por hora, hoje chega a 450km. Desde que foi construído e esta em operação aqui no Japao não teve vitimas fatais.  Pegamos esse trem para voltarmos a Hiroshima, é fascinante vê-lo passar, parece um raio, porém no trajeto que fizemos , ele não chega a velocidade máxima, pois tem muitos túneis. Mesmo assim valeu a pena.

Bom, agora só falta contar como foi Kyoto e Kagoshima!

 

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